Tomar decisões difíceis é uma arte, já que muitas vezes parecemos estar em um jogo de cartas em que a próxima vai definir todo nosso futuro. Mas isso não precisa ser assim. Com algumas ponderações, você pode facilitar suas escolhas.

Segundo uma pesquisa realizada pelo consultor de carreiras Fredy Machado, 64,24% dos brasileiros gostaria de trabalhar em uma área diferente. Ainda assim, muitos continuam atados a carreiras que não os fazem felizes.

Você faz parte dessa estimativa? Quer permanecer em um emprego que não lhe motiva e se aposentar nesta empresa, apenas pelo salário?

Mesmo assim, não falamos apenas de trabalho quando o assunto é tomar decisões difíceis. Bom, pode ser a escolha de um curso na faculdade, terminar um relacionamento, mudar de cidade, etc.

Cada um precisa decidir conforme a realidade de sua vida. Mas para que você tenha mais cautela neste momento, separei 15 dicas de como tomar decisões difíceis. Vamos a elas?

1.   Tire um tempo para pensar

Parece óbvio, mas para muitas pessoas não é. É comum que estejamos tão envolvidos em nossa rotina que acabamos negligenciando escolhas que fazem parte do que somos.

Por isso que é tão importante você separar um momento para refletir sobre o rumo que irá seguir. Tenha, de preferência caderno e caneta por perto.

Além disso, prefira estar somente você e seus pensamentos. Nada de outras pessoas interrompendo. Este precisa ser o seu momento de reflexão.

2.   Coloque no papel os pontos a favor e contra decisão

Nenhuma ação é cem por cento boa ou ruim. Porém, todas ela possuem desdobramentos. Que tal imaginar seus pontos positivos e negativos?

Por exemplo, digamos que sua indecisão diz respeito a abrir ou não seu próprio negócio. Você pode fazer uma tabela como:

Depois disso, é preciso analisar se você está disposto a fazer o que for necessário para levar sua decisão adiante. No caso do negócio novo, é ter que lidar com os ditos “pontos negativos”.

3. Avalie sob a perspectiva de seus valores

O que te colocou nesta “sinuca de bico”? Por que toda noite você demora para dormir pensando sobre a escolha que deve ser feita?

A grosso modo, podemos dizer que este tipo de situação acontece, geralmente, em razão de conflito de valores.  Por exemplo, alguém que quer dar melhores condições de vida a sua família não pode trabalhar em um ramo que diminua seu contato com a mesma.

Isso porque temos um valor importante aqui: cuidar da família. Então, quando suas decisões não levam isso em consideração, você terá um conflito e vai acabar se sabotando.

Resumindo, toda vez que houver o momento de decisão, será preciso pensar: isso vai me afastar ou me aproximar dos meus valores?

Assim, boa parte da necessidade de tomar uma decisão é facilitada.

4. Avalie como se fosse a vida de outra pessoa

Um dos grandes problemas que temos ao tomar decisões difíceis é que estamos envolvidos demais na situação. Temos vínculos emocionais, criamos expectativas e ainda temos nossas experiências pessoais.

Neste momento, uma boa alternativa é imaginar como fosse a vida de outra pessoa.

Para ilustrar, vamos conhecer Márcio: ele tem 26 anos e esteve em uma relação duradoura com Ana por 5 anos. Entretanto, já não se sente realizado ao lado dela.

De fato, o que ele percebe é que estão ambos infelizes e apenas continuam juntos pelo “costume”, por já terem tanto tempo juntos.

Claro que daqui podemos sair para vários desdobramentos diferentes, eles podem conversar com um psicólogo, tentar reavivar o relacionamento ou se reinventarem.

Ainda assim, vamos no centrar a decisão de Márcio em dois pontos: separar ou não se separar.

Devido ao vínculo, pode ser extremamente difícil tomar uma decisão. Assim, analisar a história com desprendimento, como se não fosse a dele, ajuda a facilitar a decisão.

5. Tenha seu momento de “fritação”

Você pensa demais no que precisa ser feito e isso acaba prejudicando o rendimento no trabalho, na faculdade e até em outras ocasiões?

Bom, você não está sozinho, muitas pessoas passam pelo processo definido como “overthinking” ou excesso de pensamento.

O canal Minutos Psíquicos dá algumas dicas de como lidar com esse problema. Uma delas é ter o seu momento da “fritação”, ou seja, reserve um momento de seu dia para remoer esses pensamentos.

Mas a carta na manga é preparar seu cérebro para isso. Está no trabalho e começam a chover pensamentos? Pense, “Vou guardar isso para o momento da fritação”.

Esse processo acaba condicionando seu cérebro a focar nas atividades e ter o momento certo para tomar decisões difíceis.

6. Conte com um grupo de apoio

Você não está sozinho, peça ajuda a amigos, familiares, namorado e qualquer outra pessoa com quem sinta confiança.

Desabafe sobre seus sentimentos e emoções. Colocar tudo isso para fora dá o fôlego que você precisa para continuar sua rotina, além de tornar as ideias mais claras.

7. Não tome decisões por impulso

Da mesma forma, não use momentos de pressão ou qualquer outro tipo para tomar suas decisões.

Um exemplo é aquela pessoa que quer sair da empresa, e acaba escolhendo seu “pior dia” para expressar isso. Ou seja, fala desaforo aos colegas de trabalho e pode acabar manchando o próprio currículo devido ao impulso.

8. Converse com alguém que tem experiência

Embora você possa pensar que ninguém entende pelo que está passando, a verdade é que muitas pessoas podem ter passado pela mesma situação de alguma forma.

Por isso, aproveite para trocar experiência. Você quer mudar de cidade? Entre em contato com os moradores da outra localidade, questione sobre a qualidade de vida, o que é bom o que ruim, etc.

9. Pense em como se sente sobre a decisão

Já deve ter ouvido falar em “ouvir seu coração”, não é? Claro que isso não deve ser o único parâmetro ao decidir algo.

Contudo, se uma decisão está levando ao lugar certo é bom que ela traga paz interior. Assim, avalie isso também, pois muitas vezes somos influenciados por:

• Dinheiro.
• Experiências anteriores.
• Nossos pais.

Então, é o momento de você avaliar a decisão sob sua ótica pessoal, como um indivíduo, não com tantas perspectivas. Afinal, é você que vai ter que lidar com as consequências.

10. Tomar decisões difíceis: faça um mapa de consequências

O medo que impede você de tomar decisões difíceis está ligado ao que vai acontecer em seguida?

Se for isso, você pode fazer um mapa de consequências. Para tanto, pegue uma folha e descreva o pior e o melhor cenário que aquela escolha pode levar.

Por exemplo, o pior cenário de mudar de carreira é acabar desempregado e não conseguir pagar suas contas. No melhor cenário você pode ser bem-sucedido, dobrar seu salário e proporcionar conforto a família.

Lembre-se que nada é tão 8 ou 80, é bem possível que você acabe no meio desses dois cenários e aos poucos caminhe para o sucesso.

11. Revisite suas experiências

Estamos o tempo todo elegendo o que ajuda e o que atrapalha nossas vidas. Essa não é a primeira vez que você precisa ir a outro rumo.

Por isso, tire um tempo para rememorar como foram as outras vezes que isso aconteceu. Seja quando precisou passar no vestibular, sair da casa dos pais ou até mesmo tirar carteira de motorista.

O importante é você pensar se todas suas preocupações foram reais ou se, no final, a realidade foi diferente do que você pensava. Isso nos ajuda a ter o pé no chão e não se desvencilhar demais da realidade.

12. Aprenda com as decisões difíceis

Já deu para perceber que tomar decisões difíceis não significa que algo será perpétuo. Essa é a graça da vida, a gente faz planos, mas não temos certeza absoluta se estamos indo no caminho certo.

Então, tente olhar de maneira mais leve para as decisões que vai tomar. Você não vai acertar todas, e está tudo bem. O importante é aprender com os erros e continuar caminhando.

13. As emergências são previsíveis

A quem se desespere ao sair da zona de conforto por medo do que pode acontecer de ruim. Mas sabemos que há maneiras de se blindar nestas ocasiões para não sofrer com essas decisões.

A dica é antever as emergências, pois você já previu as consequências, lembra? Agora você deve pensar em como contornar cenários desfavoráveis.

• Posso contrair dívidas: guarde dinheiro.
• Não conheço de impostos: faça um curso sobre o tema.
• Solidão em uma nova cidade: matricule-se em atividades em grupo.

14. Não tenha medo de desistir

Da mesma forma, pode ser que mesmo depois de tanta ponderação, você acabe percebendo que uma decisão tomada não está levando onde você gostaria.

Assim, caso seja necessário, não tenha medo de desistir. Você precisa ter em mente que já foi corajoso suficiente para tomar decisões difíceis. E às vezes, desistir também faz parte delas.

15. Busque ajuda profissional

Por último, buscar ajuda profissional pode ser a melhor opção neste momento delicado. Mas é preciso ter algumas observações.

Caso isso esteja causado demasiado estresse, ansiedade e crise de pânico, o melhor mesmo é buscar um profissional da área da psicologia.

Entretanto, caso sua dificuldade seja ter clareza sobre o que quer e criar um plano para alcançar, eu posso te ajudar. Por meio de técnicas avançadas de coaching te ajudo a reconhecer seus valores e entender o que realmente deseja para sua vida.

Assim, você não só toma uma decisão como também consegue fazer o que precisa para torná-la realidade. Clique aqui para saber mais.